Todas essas medidas, contudo, não estão resultando num país mais justo e democrático. Pelo contrário: há inflação, concentração econômica e imposição da vontade da maioria.
Como a realidade é adversa, o governo nacional aplica uma metodologia interessante: a negação. Assim, fazem da mentira um instrumento de construção de um 'relato' que redefine o passado e o presente. desta forma, o casal Kirchner é mostrado como os paladins dos Direitos Humanos, os valores da esquerda e da honestidade.
Sobre os Direitos Humanos, sabe-se que a irmã do ex-presidente, Alicia Kirchner, atual ministra de Desenvolvimento Social, foi funcionária durante toda a ditadura como subsecretaria de assuntos sociais na provincia de Santa Cruz, enquanto o próprio Kirchner trabalhava como advogado sem que se lhe conheça nenhuma manifestação da época contra o regime.
Durante a década de 90, Kirchner, como governador de Santa Cruz, chegou a ter uma relação estreitíssima com o então presidente Carlos Menem, a quem chamou de "O melhor presidente desde Perón".
Acerca da probidade do casal presidencial, parece não ser suficiente com lembrar que o patrimônio de ambos crescera um 571 % entre 2003 (ano da chegada de Kirchner à presidencia) e 2008: de 1,2 milhões de euros, para 8,5 milhões de euros em 2008 (en 2010, a fortuna chegou a 14 milhões de euros): há duas semanas, o jornalista Jorge Lanata revelou que o ex presidente era sócio oculto de um obscuro empresário de Santa Cruz, Lázaro Baez, que mantém contratos bilionários de infraestrutura com o governo nacional. Detalhe: Lázaro Baez, 15 anos atrás, era gerente adjunto do Banco de Santa Cruz.
A estrategia da luta do governo argentino contra a inflação é muito simples: mente-se sobre ela. Para isso, o governo interveio o INDEC, o equivalente argentino do IBGE, e informa mês a mês índices de alta de preços que nem sequer a própria administração acredita: declara que houve 10% de inflação anual, mas a YPF (petroleira estatizada) aumentou em um ano os combustíveis em 30%.
A todo esse panorama, some-se uma característica bem argentina: o peronismo. A despeito de inúmeras tentativas de classificar e definir esse movimento político, poderia se dizer que o peronismo é um movimento populista que não tem uma ideologia teórica muito definida, mas que se utiliza de qualquer recurso, seja de direita ou de esquerda, para se manter no poder. Por isso, foi de direita nos anos noventa, junto com Menem, e agora é de esquerda, com os Kirchner. Deu-se o curioso caso de deputados peronistas que trabalharam e comemoraram pela privatização primeiro, e anos depois pela nacionalização, da mencionada petroleira YPF.
Outra característica do peronismo é o personalismo: a ideia de que somente o líder de plantão é o único com capacidade e sabedoria para levar as rédeas do pais, e que os subordinados pouca diferença fazem. O governo de Cristina Kirchner potencia esse conceito, nomeando jovens sem experiencia mas muito audaciosos e prepotentes em postos chaves da administração. Isto conforma uma espécie de 'Idiocracia' (governo de idiotas) que se revelou esta semana através da entrevista que uma jornalista grega realizara com o ministro de economia, Hernán Lorenzino.
Diz o escritor Martin Caparrós sobre o episódio: "em três minutos, quase tudo: para começar, a extraordinária inépcia de um senhor que trapaceia os dados econômicos há anos, e ainda não sabe como explicá-los. A seguir, a surpresa de um funcionário pelo fato de uma jornalista se animar a fazer uma pergunta - a mais obvia, a obrigada. Por fim, a omnipotente teimosia de um governante que acha que se cortar uma entrevista, a jornalista será tão servil quanto os colegas locais e não irá mostrá-la."
"A inépcia mais a imprevisão mais a omnipotência mais o acostumamento a seu próprio poder, o coquetel preciso para um autoritarismo de quarta categoria. E, para quem assiste, a sensação que estamos sendo governados por idiotas."
Assim é a Argentina hoje. Tomara que não seja o Brasil de amanhã.
14 comentários:
Gustavo, só posso lamentar por ti.
Sua inflexão conservadora, que nem deveria me surpreender, mas surpreende, é ruim, quase chula.
Simplificar e comparar os processos argentinos e brasileiros é dose para leão!
Confundir solidariedade política em alguns temas com referenciamento é um exagero, típico dos desesperados.
A Argentina avançou demais no que tange a sua memória com a ditadura(que nunca pode ser considerada militar, pois estes só fizeram o trabalho sujo). Mas por óbvio, Buenos Aires não é nossa capital, logo, aqui vamos tropeçando.
A Argentina fez um inédito FODA-SE ao FMI, e ao contrário dos arautos, não acabou, não sumiu do mapa, ao contrário, experimentou anos de crescimento econômico.
Bom deve estar na Europa, a parte pobre dela, como Chipre, Grécia, etc, que seguem as receita do FMI, não é?
A tentativa de moralizar o debate político é de um cinismo sem par, me desculpe, pois não achei outra palavra.
Você sabe o limite de extremar juízos morais sobre atores políticos. Logo você, um cara que se diz avesso à hipocrisia?
Outra grave mentira veiculada no texto:
A mudança de método da Argentina no seu tabulamento de dados da inflação não é um fenômeno argentino ou uma invenção kirchneriana.
Os países ditos centrais, como os EEUU, utilizam índices enxutos, onde itens como alimentação e serviços têm um peso bem inferior (em alguns casos peso algum, pois não são tabulados), por causa de sua volatilidade, causada por sua natureza econômica sujeita a variáveis sem controle(tempo, demanda externa, etc), e que por sua vez causam estragos nas contas públicas, e nas políticas econômicas (macro).
Só um tolo poderia enxergar como ruim esta tentativa da Cristina de se livrar desta armadilha.
Sabe por que a grita?
Porque usar um índice de inflação mais enxuto, livra o país da ciranda dos juros altos para conter esta inflação "inflada"(desculpe o pleonasmo).
E eu acho que você sabe quem é que ganha e quem é que perde com juros baixos (ou altos), não sabe?
Meu filho, lendo esta porcaria que você publicou, tenho certeza: seu lugar é no Instituo Millenium.
PS: Democracia é o sistema onde idiotas mandas naqueles que se acham expertos.
Douglas, você me acusa de apoiar coisas que não falei. Limite-se a contestar os pontos enumerados no post, sob risco de falar sem conhecimento, sobre um país cuja particularidade política ignora.
Eu não estou atacando o sistema democrático; ataco o governo Kirchner, que acho sim uma mistura de soberba com idiotice.
O Foda-se ao FMI, como você aponta, não foi iniciado pelos Kirchner, mas pela administrações anteriores: Rodriguez Saa, quem esteve apenas uma semana, declarou o calote, e Duhalde, de 2001 a 2003, junto com o ministro de economia Roberto Lavagna, iniciaram a renegociação da dívida (Lavagna permaneceu nos primeiros anos do governo Kirchner, e foi o artífice da recuperação econômica e da estabilização da moeda).
Que um governo adote uma postura de esquerda (pois é apenas uma postura: no fundo é um governo populista alla Garotinho) não deveria ser suficiente para que saia defender uma administração a qual, se tivesse um mínimo de conhecimento, lhe daria vergonha de associar com seus ideais.
A menos que os seus ideias defendam a mentira, a hipocrisia, a incompetência e os negociados que enriquecem funcionários que vivem em Puerto Madero (o bairro mais caro e seleto de Buenos Aires) enquanto falam de justiça social, afirmando que uma familia pode comer com 6 pesos diários ( 2,5 reais).
Se eu estou para o Millenium, você está para o Politburó dos Comunistas, a Vanguarda da Povo, que perdoa os crimes dos estadistas em função de seus fins altruistas.
Ao menos o Politburo perdoa, e se perdoa é porque processou, ao contrário dos millenistas, que alimentam a hipocrisia pelas mentiras que escondem.
Não preciso ter câncer para falar de câncer. Basta ser médico.
Não preciso viver na Argentina para falar de política (em linhas gerais) seja na Argentina ou no Brasil, ou na Etiópia.
Talvez o distanciamento me permita falar com menos paixão que você...não que paixão seja ruim, mas no seu caso, "tá meio patológico", rs.
Olhe bem o que você disse, e depois veja quem coloca palavras na boca de quem.
Não disse que o FODA-SE FMI foi obra dos Kirchner. Eu falei: A ARGENTINA FEZ...
DESAPRENDEU A LER? Ou a fúria anti-cristina turvou-lhe a visão?
Conheço a história do default argentino, suas datas e sua cronologia, etc, etc.
Aliás, conheço todas as tentativas econômicas argentinas, com alguma variação aqui e ali, os mesmos pêndulos "ortodoxia e heterodoxia" do Brasil.
Se quiseres debater, escolha um dos planos, e vamos lá...
Eu só disse que a Argentina não quebrou, ou ao menos não sumiu do mapa como diziam os adoradores do FMI(a elite e classe média argentina, e talvez você).
Eu disse que o atual governo é apenas uma inflexão mais radical do FODA-SE FMI, com muito mais competência que os governos anteriores.
Na verdade, qualquer idiota como eu sabe que o FODA-SE FMI tem muito mais caráter simbólico e POLÍTICO(de não aceitar a receita do FMI para reestruturação da economia sob o tacão deles).
Depois vem a renegociação, mas um ato destes, altera o papel dos jogadores, claro!!!
Fico feliz que não refutaste a questão dos índices inflacionários, embora esteja um pouco decepcionado com a falta do debate(sabes que adoro polêmica)...mas perdoo sua falta de condições de debater o assunto...
A questão não é a sua reclamação sobre os pesos diários para comer, meu caro, mas sim saber se hoje, na Argentina, mais pessoas podem comer com 6 ou mais pesos por dia que antes, e isto, não é preciso ser argentino para saber que há muito menos pobres por aí.
Ah, e como aqui, os classe mé(r)dia como você reclamam, porque estão a perder o status de capacho privilegiado das elites, e que triste, não podem nem mais poupar em dólar, snif!
Vou te mandar a ana maria braga, quem sabe vocês formam o bloco das panelas com o do tomate.
Só falta o macarrão, hein?
Pode ter certeza que, com 6 pesos por dia, uma familia não come. Nem na Argentina, nem no Brasil. Mas acho que você sabe disso, e finge pensar o contrário.
Evidentemente, a medida que nossa discussão avança se percebe o quanto seus valores estão afastados dos meus. Quando você diz:
"a tentativa de moralizar o debate político é de um cinismo sem par, me desculpe, pois não achei outra palavra.Você sabe o limite de extremar juízos morais sobre atores políticos."
o que está declarando é que a corrupção é um valor menor, um pequeno detalhe insignificante, diante do grande projeto transformador que um regime tenta impor.
De novo, para você, o fim justifica os meios. Um discurso muito parecido aos das ditaduras represoras de America Latina. Quando os militares argentinos defendiam o exterminio de milhares de compatriotas, também o faziam por um ideal sublime, que era a paz e armonia da população.
O assunto da inflação argentina é vergonhoso sob qualquer aspecto. Não se trata de estratégias de seleção de produtos para conformar um índice favoravel. Se trata de mentir. E tanto se mente que o próprio ministro de economia não se atreve, nem sabe, falar do tema. Fica claríssima sua atribulação no vídeo. É provável que nos proximos dias seja substituido pela presidente. Vou tentar ver se consigo emplacar o seu nome como candidato, Douglas, já que evidentemente você sabe de inflação muito mais que Lorenzino (não há ironia, acredite).
Neste link, verá um prefeito aliado ao kirchnerismo questionar o índice de indigência de sua provincia.
Diz o prefeito de La Rioja: “Es falso que hay 0 ,1 % de indigencia en La Rioja como dice el INDEC, eso quiere decir que serían en capital 200 personas o unas 360 personas en toda la provincia y eso me parece irreal”
http://www.clarin.com/politica/intendente-oficialista-informacion-INDEC-incorrecta_0_908909249.html
Martin Lousteau - ex ministro de economia de Cristina Kirchner:
"(las iniciativas del gobierno) resultan atractivas. Se trata de temas, todos, que por su envergadura merecen ser considerados y debatidos. El problema es que el Gobierno llega a ellos por los motivos equivocados, los enfoca con severas falencias y su implementación es desastrosa, a punto tal que hasta eventualmente contradice los objetivos que declama."
http://www.lanacion.com.ar/1576834-destruir-las-buenas-causas
Agora leia o que diz, Alberto Fernandez, ex chefe de gabinete de Nestor Kirchner:
"Cristina Fernández de Kirchner quiere terminar con la Justicia para que no le dé la razón a Clarín".
http://www.perfil.com/politica/Alberto-Fernandez-Mujica-tiene-razon-Cristina-es-muy-terca-20130426-0009.html
Diante da sua defesa acirrada de um modelo tão imperfeito, imagino que você, caso morasse fora de Campos ou do Estado do Rio de Janeiro, provavelmente defenderia apaixonadamente o governo do Casal Garotinho, pois eles também defendem os valores da justiça social, fazem tudo pelo povo, e são perseguidos pela imprensa e a justiça, que teimam em implicar com minuciais tais como "juízos morais" diante do superfaturamento de suas obras.
Dizia um grande marxista,Groucho: "Ele pode parecer um idiota e falar como um idiota, mas não se engane, ele realmente é um idiota".
Bem o kirchnerismo é um regime que parece infame e faz coisas infames, mas não se engane...
Diante de sua defesa de um modelo tão imperfeito? Mas qual é a medida da perfeição? A sua régua?
Defender corrupção como valor menor?
É, depois desta afirmação, resta o quê?
Nada, só interdição!
Assim como comparar um governo democrático, eleito pelo (seu)povo com ditaduras sangrentas, é quase um tango!
Hijo mio, eu não defendo atos de corrupção, só defendo que estes devem ser processados e julgados em instâncias próprias, sem espetacularismo, e muito menos sem servir de diferencial de "qualidade", até porque, cumprir a lei é premissa do agente público, não uma virtude.
O uso político do combate a corrupção é coisa de idiotas, que são incapazes de enxergar o mundo além do preto /branco, mal/bem, bandido/mocinho, etc.
Veja, Hitler foi um cara espartano, vegetariano, nunca traiu a mulher, nunca mudou de lado, ideologicamente falando, em suma, um pobretão, mas e aí, é este o modelo que queremos?
Entre eles e Kennedy, por exemplo? Quem mais serviu aos ideais de democracia que voc~e tanto apregoa?
A sua lista de choradeira dos ex-aliados é interessante, e não raro deverá ali ter alguma crítica válida, mas fica a pergunta: eles só descobriram tais defeitos "ahora", amigo?
Eu quero debater com você para além destes slogans, e pelo visto, já que te socorreste na crítica terceirizada, é porque lhe falta argumentos, aliás, como tem se tornado costume...
Gustavo, você como analista é um ótimo publicitário!
Douglas, você como argumentador é um ótimo sofista!
Se lesse corretamente, veria que não comparei em nenhum momento o governo Kirchner com uma ditadura.
O que fiz foi comparar o seu raciocínio aos dos ditadores, que passam por cima dos valores morais em nome de uma finalidade altruista.
Se o uso político do combate a corrupção é coisa de idiotas, e se a corrupção deve ser processada em instâncias próprias, devemos ficar calados e afastar esse defeito quando avaliamos uma gestão de governo? Temos que desconsiderar o fato de o cara ser um pilantra que desvia dinheiro público porque isso não afeta o caráter redistributivo e socialmente justo do seu governo?
Então, meu caro, pare de reclamar dos Garotinho e una-se a eles! Escreva uma coluna no O Diário, eles vão ficar encantados em contar com um colaborador da sua sapiência!
Ora, o casal se preocupa com os pobres: construiu casas para eles; tirou-os das favelas à beira da estrada; subsidiou as passagens de ônibus e instituíram um programa de transferência de renda bem melhor do que o bolsa-família.
O que resta a criticar deles? Que superfaturam? Que violam a Justiça Eleitoral? Que se utilizam da ampla maioria na Câmara para obstruir qualquer tipo de fiscalização e, também, para esmagar o debate crítico? Não é o que importa! Para isso está a Justiça, não é? O que são esses pequenos defeitos diante da enorme transformação que o Garotismo está realizando na cidade?
Não há nada mais parecido no Brasil à política kirchnerista do que o garotismo.
Por outro lado, é patética sua intenção de desqualificar a probidade porque Hitler não foi corrupto. Era honesto y assassino, e se utilizou do apoio popular para destruir a democracia. Em algum ponto de sua trajetória como chanceler destruiu a república alemã em nome da vontade popular e, até esse ponto, era um governante eleito democraticamente. Não tinha blogueiros naquela época, mas imagino que devia ter defensores que argumentavam que as mudanças para o caos estavam respaldadas pela maioria da sociedade. Pense nisso.
E Kennedy era mulherengo. E eu com isso? O que importa é que não tentou avançar contra o poder judiciário em nome da 'democratização' da justiça.
Os ex-aliados de Kirchner provavelmente já sabiam tudo o que agora criticam quando estavam do lado deles, e isso não invalida em nada seus comentários atuais. Pelo contrário. Eu, ainda, citei um aliado atual. Os trago à tona para enriquecer o debate, não empobrecê-lo. Mas, pelo visto, você desestima as provas de antemão. Isso não é próprio de um bom detective.
Gustavo, onde está o sofisma?
Só na sua cabeça.
Mas como eu sempre digo, o que dizemos não nos pertence, portanto, julgue o que eu disse como queira!
Porém, não coloque palavras na minha boca.
Foi justamente com o discurso lacerdista e da banda de música da UDN (hoje defendido por vocês) que a ditadura veio para "moralizar", e sabemos no que deu.
Por isto a associação que fiz entre os moralistas como você, e os ditadores que vocês dizem criticar.
Se me acusas de desvalorar a moral política em nome dos fins, eu diria que você quer transformar os meios (os julgamentos morais) em fins em si mesmos, e em nome destes sacrificarem tudo!
Viu só? Dois podem jogar este jogo!
Eu prefiro uma democracia com defeitos e corrupção (ela é sempre assim) que uma ditadura perfeita(ela não existe!)
Não são os progressistas que relativizam a moral política, mas os hipócritas conservadores que falam em nome dela para se locupletarem.
Vou r-e-p-e-t-i-r:
Infração a lei tem instância devida: o processo! Mídia não é tribunal, partido não é polícia!
Claro que pode usar as intempéries do outro na questão moral, mas e quando for pego em uma cilada destas? Quando for acusado sem provas ou sem processo? Vai fazer o quê?
Julgamentos morais não resolvem problemas políticos, meu filho.
Eu já te dei o exemplo de Hitler, da ditadura e de daria outros milhares.
Gente como você não enxerga (e não quer) que é o capitalismo que proporciona o ambiente onde o poder econômico prevalece sobre qualquer instituição, fronteira, soberania ou lei.
Assim, este poder econômico aprisiona a Democracia, e depois elabora um discurso ideológico(mas que se apresenta como anti-ideológico ou apolítico), com o "combate a corrupção", onerando as opções políticas populares como únicas depositárias do gravame dos desvios de conduta.
E claro, diz que o regime das classes médias e das elites são os mais "honestos".
Continua...........
Continuação...............
Santo deus, Gustavo, em que você se transformou?
Ou será que você sempre foi isto e eu é que me enganei?
Só bobocas poderiam argumentar que (nós) os críticos do moralismo udenista deveriam se unir aos garotistas.
Ora, fiote, minha crítica aos garotinhos é política, não é moral.
Seu desconhecimento sobre História é aterrador!
O nazifascismo começou a se estruturar nas teses jurídicas, avançou sobre o controle do judiciário, modificou leis e estamentos, ao mesmo tempo que avançava ideologicamente.
Foi justamente um poder judiciário aos moldes do que quer se implantar hoje é que deu contornos legais ao nacional-socialismo!
Como toda a patética oposição (que chafurda na lama do ostracismo e da insignificância)você mistura o discurso moralista com a crítica politica lato-sensu...não é à toa que os garotistas dão de lavada,m rs...
Já quanto aos aliados e integrantes(ex) do governo, você faz uma divertida confusão(eu lhe disse, teu ódio o cega):
Ora, ex-integrantes (orgânicos), dependendo da forma como saíram, têm filtros do ressentimento para manifestarem-se.
Já aliados, ora, aliados podem e devem opinar e criticar, o que só prova a pluralidade do governo e de sua base, ao contrário do que vocifera!
Como bom detetive sei que depoimento não é a melhor das provas, e embora não as desestime, dou peso correto dentro das circunstâncias nas quais estão inseridos!
Seu isolamento da infidelidade de Kennedy é um primor: pega a parte que uso para dar humor ao texto, e tasca, porque nos demais itens, falta argumento!
Kennedy era um corrupto que foi morto por suas ligações com a máfia cubana!!!
Mas isto não conseguiu desmontar sua imagem, nem para os ultra-moralistas estadunidenses!
Quanto às realizações do casal, você nem sabe como atacá-las, e por isto que os garotinhos conseguem emplacar na população que a oposição inimiga destas conquistas, por causa de obtusos como você!
A crítica é (vou te ensinar "de grátis"):
São políticas importantes, mas que foram instrumentalizadas como favores e não como direito universais.
O povo não pode ficar refém dos garotinhos. Na hora que a oposição(de merda) souber verbalizar isto, poderá esperar algum futuro!
Caso contrário, vão ficar se lamentando como você, discursinho classe mé(r)dia sem efeito, só para agradar e ter um ou dois vereadores!
Enfim, creio que o debate já deu: Você tem pouca ou nenhuma experiência político-partidária, nunca ordenou despesas, pouco estofo teórico, conhece pouco os processos locais(desde 89), ou seja: depois que você estudar, descer de sua arrogância (achar que publicidade molda a realidade) e mudar este discurso PIG a gente conversa mais!
Um abraço.
Um abraço Douglas!
Engraçado, as críticas que você faz do governo local são as mesmas que poderiam ser utilizadas para o casal Kirchner. Afinal, os chamados "planes trabajar" de lá são o instrumento com que mantem milhares de pessoas dependentes do governo, tendo como contrapartida assistir aos atos públicos como massa de manobra.
A população não pode ficar refém dos Garotinhos, mas pode ficar dos Kirchner? Saiba que a idéia do casal era se alternar no poder indefinidamente, aproveitando a brecha constitucional. Com a morte de Néstor, a estratégia agora é mudar a Constituição para permitir um terceiro mandato. Evidentemente, você não vê problema nisso...
Quer dizer que 'um judiciário nos moldes do que quer se implantar hoje aqui no Brasil' deu lugar ao nazismo? Ou seja, na Alemanha de 1930 o poder judiciário era independente dos outros dois poderes, especialmente do executivo de Hitler, e existia um conflito entre eles onde, finalmente, o judiciário prevaleceu ? Que livros de história você lê, meu cara? Devem ser mais divertidos do que assistir 'Bastardos sem Glória'!
Quando os aliados kirchneristas criticam as mentiras dos dados do INDEC, é uma amostra de pluralismo (...ta bom). Mas não esqueça que é, sobretudo, uma amostra de que os índices são uma mentira.
Aliás, vou te dar uma amostra de como o governo argentino é pluralista, veja estas fotos:
http://bucket1.clanacion.com.ar/anexos/fotos/29/asamblea-legislativa-1502929w645.jpg
este senhor é o secretário de comercio interior, Guillermo Moreno, que hoje possui uma influência enorme nas políticas econômicas do governo. Ele já derrubou ministros de economia e, sem duvidas, tem mais poder do que o fraquíssimo Lorenzino.
Pois bem, Moreno não apenas manda e desmanda na política de comércio interior e exterior, impondo suas teorias econômicas, que atrasam 60 anos, de forma autoritária e gangsteril, como também é o impulsor de uma campanha contra o jornal Clarín, acusado de ser 'contra' o modelo, que surpreende pela intensidade, pela obsessão, e pela desfaçatez.
Essa foto de cima foi tirada no Congresso Nacional, na ocasião de uma abertura de sessões legslativas, onde Cristina Kirchner ia discursar. O que Moreno tem na mão é um alfajor, aquele doce argentino, com a etiqueta "Clarin Miente". Alem do alfajor, Moreno criou bandeiras, folhetos, chaveiros, balões e outras lembrancinhas com essa logomarca, e as reparte em tudo quanto é evento.
Numa viagem de negócios a Angola, liderada por Moreno, a comitiva argentina repartiu meias "Clarin Miente" a meninos angolanos, como pode observar nesta imagem:
http://periodicotribuna.com.ar/aimages/201205/11332-500x300/medias-clarin-miente-para-los-chicos-angolenos.jpg
Se você não consegue enxergar o absurdo da obsessão em aniquilar um jornal, vista como prioridade de estado, por considerá-lo a causa de todos os males que padece um país; se você não entende que pluralismo é permitir a existência de uma imprensa independente, e não apenas um tímido comentário de um aliado; se você não sente vergonha ao ver uma comitiva do governo repartindo meias a meninos famintos, não por caridade, mas para utilizá-los políticamente num conflito alheio a tudo o que lhe diz respeito; se você acha, em definitiva, que tudo isso é acessório e não afeta a essência do tipo de política que pratica a gestão kirchner...bem, realmente não há mais a discutir.
Você me identifica com a oposição local, vinculada à classe 'merdia', que tem apenas dois vereadores. Além de ter pouca experiência política, ser arrogante e sem estudo.
Quem desqualifica dessa forma não é arrogante, acaso?
Bem, provavelmente em alguns pontos tenha razão, embora nunca me identifiquei com a oposição. Mas, desde a posição de superioridade onde você se coloca, permita-me lhe dizer que, com toda sua experiência, todo o seu saber teórico e todo seu pretenso estudo, seu confuso raciocínio político representa o fracasso de uma ideologia que só encontra aplicação em países tão 'vitoriosos' como... quais? Venezuela, Cuba, e em breve, a Argentina? Você consegue perceber que nem o governo Dilma acredita nisso, como Lula também nunca acreditou?
Ah... mas você não luta por uma sociedade como essas, mas por um novo sistema mais justo e solidário do que o capitalismo atual...
Bem, todos lutamos por isso. Mas até hoje, ainda com uma Europa em crise, aquela região atingiu a melhor qualidade de vida da história da humanidade.
Quando o seu socialismo, ou seja lá o que for, atinja esse patamar em alguma de suas sociedades-modelos, não vai precisar avisar a ninguém: o mundo todo vai querer morar lá. Por enquanto, quem está dentro só quer sair.
Confuso raciocínio político?
Pois é, não foram estes os elogios colocados embaixo dos vídeos das entrevistas que dei em programa produzido por você.
E desde daquela época, mesmo com todas as reservas em relação as questões "morais" do garotismo, o cerne sempre foi o debate político(a metáfora da caixa d'água: não importam muito os vazamentos, mas aonde vai a água, se para piscinas dos ricos ou torneiras dos pobres).
Eu não mudei muito, de lá para cá, pelo menos, os inimigos continuam os mesmos, só que agora, surgiram outros mais "recentes", rs.
Olha, sua distorção do que falei sobre o contexto nazista e a nazificação do supremo brasileiro é de doer.
Um truque velho, mas inútil, porque eu e você sabemos do que eu estava falando, mas eu repito:
A vanguarda do processo de dominação nazista na Alemanha, e na Itália(fascismo) foi o surgimento de teses judiciais que subordinavam os poderes eleitos aos controles "juristocráticos", que começou pela criminalização da política, judicialização dos processos políticos, e por fim, a segregação de direitos e garantias em um sistema aos moldes do nosso macartismo à la MP e STF.
O resultado você sabe.
Bom, vejo que você continua a acreditar no mito da imprensa independente, bom, aí não tem debate.
Mas de toda forma, quando um jornal quer acabar com um governo, qual o problema deste governo acabar com este jornal.
O jornal quer bater como Myke Tyson e apanhar como Madre Teresa de Calcutá? Ué, isto é justo?
Em tempo: Si, o Clarin miente! Como todo jornal corporativo! Como jornalista de coleira!
A idiotice dita por você sobre modo de vida europeu é outra que dói aos ouvidos.
Olha, acho bom você lembrar que este padrão não tem a ver com as virtudes do sistema que você defende, mas simplesmente pela escala de divisão de tarefas entre os países, onde eles ficaram com o conforto às custas de nosso sangue e riquezas.
Algo que Adam Smith deu nome (acho que é divisão internacional do trabalho) e que Marx aperfeiçoou.
Ah, desculpe, Marx é palavrão aos seus ouvidos...
Estes paraísos capitalistas de bem estar, como EEUU e Europa, quando precisam, até bancam e apoiam ditaduras para colocar os cucarachos nos eixos da submissão.
................................
Continuação:
Eu não sei se a Venezuela ou a Argentina são modelos de sociedades, mas eu sei que há uma parcela majoritária que acha que está bem melhor que era, assim como em Cuba hoje, e a que existia quando havia a "liberdade de Batista".
Salve Guantánamo!
Para você, Don Gustavo, quando o povo manifesta sua opção por algo diferente do que você apregoa, aí é clientelismo barato! Lavagem cerebral!
Bom era quando estavam na merda! Eram mais comportados e não eram tão exigentes, não é mesmo?
Discurso mais classe mé(r)dia impossível!
Sua idealização sobre Europa é um primor, como se o bloco fosse um mar-de-rosas homogêneo, que o digam os islandeses (aliás, estes se reuniram e depuseram o governo e se negaram a pagar dívidas aos ingleses),cipriotas, gregos, portugueses, e os espanhóis, que trancaram latas de lixo para evitar os homens-vira-latas(que fuçam restos de comida).
Engraçado, por que será que há um enorme muro entre o México e os EEEU, sendo os mexicanos um modelo de capitalismo-quase-filial dos EEUU?
E por que a Itália mantém um campo de refugiados ao sul, para mandar de volta os africanos que querem apenas visitar um tipo diferente de capitalismo que têm em seu país?
Não, não, eles não fogem da fome,rsrs...de modo algum!
Don Gustavo, não sou arrogante...é só olhar ao redor, e observar que os que defendem o mesmo discurso seu é o que há de pior, tanto aqui na região, quanto nacionalmente.
Não é possível que você ache normal concordar com jabour, merval, e outros rola-bostas daqui da região!
Não é possível que alguém que diga militar na comunicação defenda o mesmo que Os Frias defendem...os caras foram lá ver a tortura, meu filho!
Não é possível você se alinhar com gilmar "dantas" mendes e os psicótico barbosa?
Filho, quando a gente está confuso como você, um bom remédio é observar quem está contra e quem está do nosso lado!
Claro que isto não é uma sentença absoluta, mas na maioria das vezes funciona.
E hoje, onde estiver a globo, a veja, a folha (todas elas), eu estarei do outro lado e a milhas de distância.
Postar um comentário