domingo, 9 de março de 2008

The Office - de perto, ninguém é normal



Nada contra as historias de heróis desconhecidos, ou de ilhados cheios de mistérios que não se resolvem. Mas não tenho assistido nada melhor em termos de seriados do que The Office, a demonstração fáctica da frase de Caetano.

Existem duas versões da serie: a americana e a inglesa. A inglesa é a versão original, criada por Ricky Gervais, que a protagoniza. A americana é uma adaptação muito bem sucedida estrelada por Steve Carrell, ou cara de Virgem de 40 anos.

Falso reality show que mostra as atividade de um escritório de venda de papel, o seriado possui um peculiar senso de humor baseado no embaraço e na autoconsciência dos personagens que, se sabendo vigiados, tentam mostrar o melhor de si mesmos. Mas a personalidade de cada um deles não resiste à correção política e a simulação. Reparem nos depoimentos à câmera (uma espécie de confessionário): e ali onde se ouvem as mais absurdas declarações, sob a forma de grandes verdades.

Eu prefiro a versão americana. Steve Carrell como o chefe é simplesmente maravilhoso. O cara chegou ao comando por sua capacidade em vendas, mas como o líder da sucursal Dunder-Mifflin (nome da empresa fictícia) cumpre a risca o famoso Principio de Peter, aquele que disse que cada funcionário será promovido até chegar a seu patamar de incompetência. O personagem é tão interessante que não pode ser reduzido apenas ao conceito de idiota (embora o seja). Ele é egocêntrico, metido a engraçado e possuidor de uma autoconfiança a toda prova, mas também é um pobre diabo que o que mais quer é que os seus funcionários gostem dele. Carrell é capaz de nos fazer rir com apenas olhar pra câmera.

A Record começou a passar The Office (versão US) este ano, mas desistiu depois da primeira temporada. Imagino que a dublagem deve ter ajudado a isso. O canal de cabo FX a exibe a 4ta temporada segunda, às 21:00h, mas a reprisa a semana toda. Na Internet também é possível conseguir os capítulos.

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