Depois falam que o cinema americano está decadente...
Na Natureza Selvagem (Into the Wild) de Sean Penn é uma adaptação do livro homônimo de Jon Krakauer sobre a vida de Chris McCandless, um rapaz idealista que decidiu se afastar da vida em sociedade indo para os bosques inóspitos de Alaska, onde depois de varios meses de supervivencia precaria morreria de fome dentro do ônibus que lhe servia de abrigo.
A curta, porem intensa, vida desse rapaz já dava para fazer um filme interessante. Mas Penn faz muito mais. Além de mostrar a enorme complexidade emotiva do protagonista, ele se preocupa com o sofrimento dos pais, a tristeza da irmã e os amigos que Chris encontra no seu percurso. Utilizando flashbacks e manipulando a ordem temporal dos eventos, o diretor não pretende apenas demonstrar habilidade técnica, mas sim emocionar honestamente, e sem entediar o espectador.
Junto com Sangue Negro, um dos melhores filmes que podem se encontrar nas prateleiras das novidades nas locadoras.
3 comentários:
Interessante este tema , Gustavo. Aqui no Brasil nós todos temos esta idéia dos Estados Unidos de Hollywood, do lixo musical que nos é imposto pelas nossas rádios ou da política externa desastrosa. Mas, sim, lá existe vida inteligente fora do chamado "mainstream". Existe uma cena independente inreressante e criativa no cinema, na música, literatura, enfim, nas artes em geral. O problema é que estas produções raramente chegam até nós, a não ser em ciclos de arte que não acontecem fora das grandes capitais, e como vc sabe, incentivo à cultura de qualidade e diversidade não é o forte dos nossos "guias".
Sean Pean chegou a um estágio paradoxal na indústria cinematográfica:
utiliza sua repercussão para construir sua independência, ou seja, escolhe o que faz, e faz maravilhosamente bem...
mudando de assunto, mas ainda sobre cinema:
que tal a trilha sonora do filme reservoir dogs de tarantino...?
se gostar pode lançar uma temporada de trilhas sonoras de filmes...
a cena com michael madsen cortando a orelha do policial tem uma música fantástica, com a locução de steven wright...
é uma boa sugestão, Xacal. Vamos preparar uma edição ^Soundtrack^
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