Fala-se muito sobre jornalismo em Campos. Sobre a categorização profissional; sobre a obrigatoriedade do diploma; sobre a crise dos jornais impressos e sobre o jornalismo na web. Discute-se se o jornalismo morreu, se viveu alguma vez,etc.
Lamenta-se a falta de mídia independente e da cooptação do O Diário. Fala-se bem do design e a estrutura do Monitor Campista, mas refém da pauta oficial, o elogio para por aí.
Comenta-se o papel que os blogs estão realizando, como propagadores de novidades em tempo real e como opinadores da realidade.
Tudo isso está muito bem. Mas me pergunto o que falta para que os jornalistas comecem a fazer jornalismo. O jornalismo que investiga, que denuncia, que incomoda. Aquele jornalismo que se posiciona fatal e inevitavelmente crítico frente ao poder, ciente que só assim ele se justifica.
Falta de suporte, com a internet, não deve ser. De profissionais, também acho que não. Será que não há assunto?
4 comentários:
Don Oviedo,
Só uma observação...
Boa parte dos blogs aqui de Campos dos G. pelo menos os mais ativos, não são de jornalistas...
O nosso , por exemplo, nunca teve, nem terá a pretensão de professar qualquer tipo de jornalismo...
Primeiro, porque nos falta diploma, e assim, os "jornalistas" de verdade nunca reconhecerão o espaço como tal...
E segundo porque o jornalismo em Campos dos G. é coisa que já morreu há muito tempo...Não dá prá ressuscitar...
Um abraço
Pode estar morto. O que não entendo é pq não pode ressucitar.
Há faculdades de jornalismo e cursos de pós-graduação na cidade. Há uma alternativa aos jornais impressos, econômica e abrangente, a internet.
Prefere-se discutir em assembléias a obrigatoriedade do estudo superior para exercer a profissão. E para que?
Para depois se curvar a um patrão que o obrigue a escrever num catálogo de colunas sociais?
Acontece com eles o mesmo que acontece com outros campistas: reclamam da falta de oportunidade, sem entender que eles são parte do problema (e da solução)
na veia!
Gustavo, eu acho que o maior problema é que os jornais "oficiais" não tem interesse em ter em suas fileiras profissionais independentes e formadores de opinião que não seja a dos seus interesses inconfessáveis. Em relação a algum órgão alternativo, investigativo e de credibilidade jornalística, eu sou um cético. Acho Campos provinciana demais para que um grupo de pessoas ligadas ao jornalismo consiga viabilizar financeiramente (patrocínio) algum projeto factível.
Postar um comentário