sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Isso é tudo, pessoal ?

Fala-se muito sobre jornalismo em Campos. Sobre a categorização profissional; sobre a obrigatoriedade do diploma; sobre a crise dos jornais impressos e sobre o jornalismo na web. Discute-se se o jornalismo morreu, se viveu alguma vez,etc.

Lamenta-se a falta de mídia independente e da cooptação do O Diário. Fala-se bem do design e a estrutura do Monitor Campista, mas refém da pauta oficial, o elogio para por aí.

Comenta-se o papel que os blogs estão realizando, como propagadores de novidades em tempo real e como opinadores da realidade.

Tudo isso está muito bem. Mas me pergunto o que falta para que os jornalistas comecem a fazer jornalismo. O jornalismo que investiga, que denuncia, que incomoda. Aquele jornalismo que se posiciona fatal e inevitavelmente crítico frente ao poder, ciente que só assim ele se justifica.

Falta de suporte, com a internet, não deve ser. De profissionais, também acho que não. Será que não há assunto?

4 comentários:

xacal disse...

Don Oviedo,

Só uma observação...

Boa parte dos blogs aqui de Campos dos G. pelo menos os mais ativos, não são de jornalistas...

O nosso , por exemplo, nunca teve, nem terá a pretensão de professar qualquer tipo de jornalismo...

Primeiro, porque nos falta diploma, e assim, os "jornalistas" de verdade nunca reconhecerão o espaço como tal...

E segundo porque o jornalismo em Campos dos G. é coisa que já morreu há muito tempo...Não dá prá ressuscitar...

Um abraço

Gustavo Alejandro disse...

Pode estar morto. O que não entendo é pq não pode ressucitar.

Há faculdades de jornalismo e cursos de pós-graduação na cidade. Há uma alternativa aos jornais impressos, econômica e abrangente, a internet.

Prefere-se discutir em assembléias a obrigatoriedade do estudo superior para exercer a profissão. E para que?
Para depois se curvar a um patrão que o obrigue a escrever num catálogo de colunas sociais?

Acontece com eles o mesmo que acontece com outros campistas: reclamam da falta de oportunidade, sem entender que eles são parte do problema (e da solução)

xacal disse...

na veia!

Claudio Kezen disse...

Gustavo, eu acho que o maior problema é que os jornais "oficiais" não tem interesse em ter em suas fileiras profissionais independentes e formadores de opinião que não seja a dos seus interesses inconfessáveis. Em relação a algum órgão alternativo, investigativo e de credibilidade jornalística, eu sou um cético. Acho Campos provinciana demais para que um grupo de pessoas ligadas ao jornalismo consiga viabilizar financeiramente (patrocínio) algum projeto factível.