sexta-feira, 24 de abril de 2009

Rosebud

No ciclo de cinema que está promovendo a Associação de Imprensa Campista será exibido amanhã o filme Cidadão Kane. É mais uma oportunidade de poder apreciar aquele que é considerado o melhor filme de todos os tempos pela crítica especializada.

Com apenas 24 anos, Orson Welles fazia sua incursão na direção por primeira vez, tendo fechado um contrato com a produtora RKO onde possuía liberdade absoluta para escrever, filmar e editar. Essas condições não voltaram a se repetir e a carreira posterior de Welles como cineasta foi cheia de conflitos e dissabores. Ainda assim, conseguiu fazer grandes obras como A Marca da Maldade e a Dama de Xangai.

Contudo, nenhum desses filmes chega à altura de Kane em genialidade (embora o próprio Welles tenha dito que o seu segundo filme, The Magnificent Ambersons, teria sido bem superior se tivessem respeitado as suas indicações de edição. Ele se encontrava no Brasil na época filmando o documentário “It´s All True”). Recursos tais como o uso de lentes angulares, composição do quadro, planos seqüencia, elipses temporais e até aproveitamento de partes de outros filmes da RKO foram utilizados por Welles como ninguém ate o momento o tinha feito.

Quando perguntado se tinha aprendido cinema antes de filmar, Welles respondeu que apenas tinha assistido “A Diligência” de Ford umas quarenta vezes. Considerando as genialidades que tinha realizado no teatro e na rádio desde muito jovem, é bem possível que essa aula de cinema tenha sido suficiente para Orson.

O escritor Jorge Luis Borges, antes de ficar cego, chegou a publicar algumas críticas cinematográficas. Dentre elas, a do Citizen Kane falava que se tratava de uma história metafísica de detetives, onde o objetivo é a investigação da vida de um homem através de seu trabalho, das palavras que disse e das vidas de arruinou .


Amanhã Sábado, as 16h na AIC.

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