segunda-feira, 12 de julho de 2010

Um de nós nos há de trair.




"Na tarde desse sábado, os partidos políticos, PT, PMDB, PC do B, PPS, PV, integrantes do PSDB, reuniram-se para debater e discutir a atual situação política do município, e a possibilidade da convocação de novas eleições.

Fato inédito na história recente política dessa cidade, ficou acordado que os partidos convocarão a sociedade civil e os cidadãos para firmar compromissos que apontem uma nova forma de governar essa cidade, e por fim ao longo período de cassações e interrupções de mandatos, que tanto prejuízo trazem para nossas vidas."


(foto e texto do blog Planície Lamacenta)

A paráfrase da famosa frase de Jesus na ultima ceia deveria ser a referência que guiasse as conversas do grupo de partidos que buscam essa nova forma de governar Campos.
Não é que duvide das boas intenções, nem da integridade moral dessas pessoas. Mas se tudo der certo, apenas um indicado por eles será o prefeito da cidade. E esse será o cara que irá pirar o cabeção. Com a caneta na mão e diante dos bilhões dos royalties, esse será o individuo que virá fazer a reconstrução moral que lhe permita reformular as "prioridades" em relação ao que o município precisa. É nesse momento que todos os "acordos programáticos" que tinham sido consensuados entre os representantes dos partidos ficam no passado, diante do poder discricional que o prefeito tem para gastar como bem entender. É aí quando aparece a tentação de fazer uma arquibancada de 76 milhões, uma duplicação de estrada federal de 100 milhões, uma praça de 15 milhões, etc.

Por isso, talvez o mais importante a ser definido nessas reuniões multipartidarias seja apenas uma coisa: como proteger os royalties daquele que for governar a cidade; como evitar que um prefeito mais 17 vereadores torrem irresponsavelmente o dinheiro que é de todos os campistas.

O compromisso de criar uma espécie de 'conselho de administração dos royalties'(com representantes da sociedade civil, das universidades, das ongs e dos partidos políticos) com poder de propor, avaliar e autorizar todo e qualquer investimento com recursos do petróleo deveria ser o fruto desse acordo político. O resto é promessa de boas intenções que, já sabemos de antemão, será descumprida pelo vencedor.

O preço da honestidade de cada um pode ser diferente, mas existe. O problema é que os royalties cobrem qualquer oferta.

Um comentário:

Splanchnizomai abraçando o amanhã. disse...

Um trem bala de 35 milhões...

Você bate muito na tecla do royalties... Mas sempre na mesma tecla... Por quê, hein?


Quer dizer que a Prefeita não está fazendo nada? Você diz como se nada tivesse sendo feito e como se ela estivesse roubando. Você deveria separar as coisas, Oviedo.

Você não sabe das obras todas feitas por Garotinho e Rosinha? Por que você, como outros, omite isso que está tão claro para tantos?