O título era apenas para que você começasse a ler este post. É claro que ninguém pode ser a favor duma eleição indireta no município. Apoiar as diretas para o mandato tampão é uma causa pela qual vale a pena lutar, e as chances de forçar uma interpretação judicial favorável existem, se for feito o barulho necessário.
Mas não há de se conformar com isso. Que o eleitorado escolha um governante é legítimo, mas eticamente insuficiente para avalizar a discricionalidade que posteriormente ele terá para dilapidar os recursos que, por enquanto, recebem os campistas da Petrobras.
Um exercício de democracia direta posterior à eleição também deve ser almejado. Orçamento participativo, conselho gestor dos royalties, controle social dos gastos públicos, utilização da internet como instrumento de plebiscitar os atos de governo. O que antes era impossível de organizar (e que gerou o sistema representativo atual onde 17 respondem por 500.000) hoje se vê, graças à tecnologia, não apenas plausível, mas absolutamente necessário para que a vontade do povo não seja ouvida apenas 1 dia a cada 4 anos.
4 comentários:
Parabéns, Companheiro!
Faço das suas,as minhas palavras.
Joca Muylaert
Um abraço, Joca!
Essencialmente, Democracia é isso: A possibilidade de escolher quem fará "merda".
Não há outro jeito melhor de conviver.
Um abraço.
É verdade, Douglas, a democracia é isso, hoje.
Mas poderia ser melhor, sim, se se abrissem mais espaços para a participação dos cidadãos na gestão de governo.
Há como fazer. Mas tem que querer.
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