quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os argentinos amam o Lula, mas detestam 'Lula, O filho do Brasil'

Estreou hoje nos cinemas argentinos o filme de Fabio Barreto, justamente no mesmo dia em que “Lula, o Filho...” foi designado para representar o Brasil no certame dos prêmios Oscar. Se dependesse dos críticos argentinos, o filme nunca ia chegar até Hollywood.

Todas as resenhas que consegui ler detonam o filme, mas, curiosamente, todas elas destacam a importância de Luiz Inácio como político , acompanhando o carinho que o povo argentino tem pelo presidente do Brasil:

“Unidimensional e moralista, Lula… propõe o oposto do que a vida do biografado supõe: o esforço individual, a inteligência inata, a superioridade darwiniana do individuo diante da espécie. Lula parece ter um só inimigo: a burocracia sindical. A pobreza, por outro lado, está naturalizada, é só um elemento a vencer com coragem e iniciativa individual. Na data da estréia do filme, Luiz Inácio Da Silva é ainda o presidente do Brasil; a meses do fim do mandato, pareceria que houvesse pressa por canonizar Lula, colocando-o no confortável lugar do dotado virtuoso, diminuindo as complexidades de uma personalidade que espelha aquelas do seu país.”

Eduardo Rojas – El Amante

“Não tenho nada contra o cinema popular –inclusive com aquele que as vezes é didático- mas aqui o diretor Fabio Barreto toma o espectador por idiota. Explica absolutamente tudo, ainda aquilo que não precisa [..]

Que a produção seja farta em cenas de massas, que seja tecnicamente correta, pouco interessa. Lula, o Filho... é um filme desagradável, que não honra nem a grande historia do líder político e menos ainda o seu lugar no mundo. Muito pouco cinema para tanto estadista.”

Diego Battle – Cinema em Cena

Ainda bem que essas críticas golpistas não chegaram a tempo para interromper o caminho do filme até a estatueta ianque!!

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