É o amor. Terei de me esconder ou fugir.
Crescem as paredes de seu cárcere, como em um sonho atroz. A bela máscara mudou, mas como sempre é a única. De que me servirão meus talismãs: o exercício das letras, a vaga erudição, o aprendizado das palavras que usou o vago norte para cantar seus mares e suas espadas, a serena amizade, as galerias da biblioteca, as coisas comuns, os hábitos, o jovem amor de minha mãe, a sombra militar de meus mortos, a noite intemporal, o gosto dos sonho?
Estar contigo ou não é a medida do meu tempo.
O cântaro já se quebra sobre a fonte, já se levanta o homem à voz da ave, já escureceram os que olham pelas janelas, mas a sombra não trouxe a paz.
É, eu sei, é o amor: a ansiedade e o alívio de ouvir tua voz, a espera e a memória, o horror de viver o sucessivo.
É o amor com suas mitologias, com suas pequenas magias inúteis.
Há uma esquina pela qual não me atrevo a passar.
Agora os exércitos me cercam, as hordas.
(este quarto é irreal; ela não o viu.)
O nome de uma mulher me delata.
Doí-me uma mulher por todo o corpo.
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