Douglas da Mata, do Planicie Lamacenta, nos mostra o tamanho da desnecessidade da presença de tropas federais em Campos, no dia da eleição:
Alguém imagina que a presença de tropas federais, sejam elas do exército, ou a força frankenstein nacional, possa inibir a coação que as milícias, o tráfico de drogas ou qualquer outro grupo mantêm sobre os eleitores em zonas chamadas "currais eleitorais"?
Ora, não bastasse a judicialização da política, redundamos com a militarização policialesca da política, com a presença de homens armados para guerra em zonas urbanas, como se nossos cidadãos estivessem sob estado de sítio.
As relações de poder de grupos políticos, econômicos e, ou violentos, não se resumem, nem se encerram no dia da eleição, ao contrário, o "vínculo" de submissão é perene.
Deixar estas populações sob o domínio destes grupos, e depois colocar soldados nas ruas sob o pretexto de combater este vício de nossa Democracia é de uma cretinice sem par.
Propaganda pura, e talvez, mais ameaçadora que os criminosos que dizem querer combater.
2 comentários:
Existe DEMOCRACIA em Campos?
Mas afinal, o que é democracia, Gustavo? É aquela que sempre nos traz resultados que nos agradam?
Como esperar esta definição de pessoas que se orgulham de serem "apolíticas"(como se esta idiotice fosse possível)ou de se manterem afastadas da ação política ou dos partidos, embora passem o tempo todo questionando e interferindo de forma política nas ações administrativas, que no fim, são resultado de escolhas POLÍTICAS, e não da assepsia técnico-burocrática que sonham estes "democratas de gabinete"?
Eu não tenho dúvidas, Gustavo, que temos um processo democrático em Campos, com defeitos, muitos defeitos, mas ameaçado, majoritariamente, pela incapacidade dos que se dizem indignados com o estado de coisas de apresentarem alternativa POLÍTICA, do que pelo controle do cofre, afinal, outras dinastias políticas detentoras deste mesmo poder (ou até maior)já foram derrotadas antes na História ao redor do mundo e do Brasil.
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